24 novembro 2017

Problemas de inflamação no quadril, ombros, joelho, cotovelo, tornozelo

As Cartilagens do corpo
A articulação do joelho é formada por três ossos ( fêmur, tíbia e patela ), que são unidos entre si pela cápsula articular e por outras estruturas, como ligamentos, tendões, meniscos, etc… As superfícies ósseas dentro do joelho são revestidas por CARTILAGEM, um tecido branco brilhante, que forma uma superfície regular e lisa para que os ossos possam se articular entre si. O tecido que reveste as paredes internas do joelho é chamado de SINÓVIA. Um líquido amarelado, transparente e viscoso, chamado de LÍQUIDO SINOVIAL, é produzido pela sinóvia e funciona como lubrificante e fonte de nutrientes para a cartilagem. A sinóvia, quando inflamada ( SINOVITE ), produz maior quantidade de líquido sinovial e o joelho incha, produzindo um DERRAME ARTICULAR, popularmente chamado de “ÁGUA NO JOELHO”.
Envelhecimento
Em ambas, a cartilagem articular é essencial para seu bom funcionamento, seja formando a articulação propriamente dita, seja revestindo os ossos na área articular
            A cartilagem articular está presente é produto da secreção dos condrócitos, formada por uma matriz extracelular de colágeno II muito hidratada associada a agregados de proteoglicanos, complexos de proteínas mucopolissacarídeo que funcionam como “molas”. O principal tipo de proteoglicano é o agrecano, constituído de um núcleo proteico ao qual se agregam cadeias de condroitina 4 e 6 sulfatadas. É a associação dessas duas estruturas que dá às cartilagens articulares a sua grande capacidade de absorver choques.
Os condrócitos são responsáveis por reparar as cartilagens articulares, mas essa reparação tem capacidade limitada. Em idosos, essa capacidade é menor ainda porque seus condrócitos sofrem da senescência, efeito do envelhecimento dos telômeros. O envelhecimento da cartilagem leva a uma menor hidratação do colágeno, mas a principal causa dos problemas articulares são as mudanças ocorridas com os proteoglicanos. Os condrócitos passam a produzir menos dessas moléculas e elas perdem a capacidade de formar agregados de grande tamanho molecular por mudanças em sua composição de sulfatos. Com a idade, as cartilagens articulares também se tornam cada vez mais finas.
            Na coluna vertebral há degeneração dos discos intervertebrais, articulações cartilaginosas, com rupturas estruturas grosseiras, frequentemente causando dores na coluna. 
            Em outras articulações mais móveis, principalmente o joelho, uma articulação sinovial. A cartilagem que reveste os ossos internamente a membrana sinovial se deterioram e os ossos entrem em contato e se atritam, causando dor e deterioração do osso. Essas duas patologias comum a pessoas velhas são chamadas de artrite. É importante relacioná-las ao fator ambiental: pessoas que carregam muito peso pressionam as articulações relacionadas a sustentação e podem ter artrite mais cedo.
Suplementos
·         Glucosamina.
·         Cálcio.
·         Colagénio.
·         Àcido Hialurónico.
·         Metil-Sulfonil-Metano (MSM)
·          Vitamin K2
·          Curcumina.
·          Óleo de Borragem.
·          Sais Minerais.
·         Cálcio coral.
·          Boswellia.
·          Potássio.
·          Vitamina C.
·          Membrana Natural de Casca de Ovo.
·          SAMe.

Alimentos
Gelatina
Carnes
Ovos
Frutas cítricas
Frutas vermelhas
Castanhas, nozes e amêndoas
Aveia
Tomate, pimenta e beterraba

Postado: por Janete Neves 

18 novembro 2017

Suplementos ideais para ter músculos, energia e imunidade em alta

Não é todo mundo que precisa tomar suplemento para ver mais resultado nos treinos. Mas, em algumas situações, esses pozinhos repletos de nutrientes auxiliam na melhora do seu desempenho – de verdade.
1. Não tenho tempo para comer 
Alguns suplementos – com moléculas menores e de mais fácil digestão do que a dos alimentos – podem ajudar. “A palatinose é um carboidrato que fornece energia de uma forma mais lenta, o que não prejudica quem quer emagrecer”, sugere o nutricionista esportivo Bruno Brown, do Rio de Janeiro. Outras opções de combustível: a maltodextrina e o carbo em gel.
2. Quero ganhar músculos 
Você deve manter uma dieta rica em proteína, responsável pela reconstrução da massa magra. “Como só conseguimos absorver uma quantidade limitada dela por vez, é importante adicioná-la aos lanches”, recomenda a nutricionista Andreza dos Santos Dias, da marca de suplementos Nutri Factory. Vale apostar em alimentos naturais, whey protein, creatina ou BCAA.
3. Estou cansada 
Quando isso for pontual, tome, meia hora antes do exercício, uma cápsula de cafeína, termogênico que estimula o sistema nervoso. “Ela melhora o foco e acelera o coração por até 40 minutos”, diz a nutricionista esportiva Natasha Barros, de São Paulo. Só que o composto tende a mascarar sua percepção de esforço. Então, só use-o se for indicado por um profissional, ok?
?
4. Fico doente com frequência 
É gripe? “O excesso de atividade física faz a imunidade cair. Neste caso, os probióticos e a glutamina ajudam a reforçar a saúde do intestino e otimizar a absorção dos nutrientes”, diz Bruno. Já o ômega-3 tem efeito anti-inflamatório.
Fonte: https://www.jpnews.com.br/tecnologia-e-games/suplementos-ideais-para-ter-musculos-energia-e-imunidade-em-alta/102162/

Nutricionista apresenta mitos e verdades sobre alimentação de atletas

Uma alimentação de um atleta sempre tem comida de sobra e nunca comida de menos. 

Apenas em momentos pré competição os atletas passam por um controle alimentar rigoroso para gerar um corpo leve e dinâmico para o ápice de sua performance que ja foi cruelmente adaptada a treinamentos intensos e rigorosos 

O que é certo comer antes e após os treinos

Tudo vai depender do seu real momento das bases alimentares que já possui por exemplo: Café, almoço e jantar

O Que costuma comer em sua base alimentar influencia no que vai precisar comer antes e depois dos seus treinos. Outro fator que influencia seria o tipo de treino que irá fazer.

Alimentos energéticos facilitam o bom processo de aperfeiçoar seus treinos e os alimentos proteicos influenciam na capacidade de recuperar de treinos subsequentes, uma magia feita com os alimentos são capazes de transformar um vida. 



17 novembro 2017

Alimentos processados: qual o rótulo da Anvisa?

Mariângela Almeida, da Confederação Nacional da Indústria, apresentou sua visão da percepção dos consumidores sobre os sinais de advertência na parte frontal das embalagens de alimentos: medo, afastamento, desinformação. Em seguida, Carla Spinillo, da Universidade Federal do Paraná, descreveu a sua: esclarecimento, educação alimentar, mudança de hábitos.
A divergência sintetiza as posições da sociedade civil e da indústria a respeito do tema. O seminário realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 9 de novembro para discutir a rotulagem frontal de alimentos processados e ultraprocessados funcionou como um resumo público das crescentes tensões em torno do tema. Não há possibilidade de consenso à vista entre dois modelos antagônicos.
A indústria propõe um sistema de semáforos com as cores verde, amarelo e vermelho para calorias, açúcares, gordura saturada e sódio. Trata-se de uma adaptação da ideia de adesão voluntária criada na década passada no Reino Unido.
A proposta da sociedade civil, encabeçada pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, é incluir na parte frontal das embalagens um triângulo preto com alertas sobre o excesso desses mesmos nutrientes. É uma referência ao padrão chileno, pioneiro no mundo ao adotar sinais de advertência, e não mensagens positivas, e ao obrigar a rotulagem de todos os produtos.
Por enquanto, a pressão da indústria funcionou. A Anvisa reforçou durante o seminário em Brasília que pretende dar um ritmo mais lento ao debate do que o esperado pela sociedade civil. A alegação de que não há evidências científicas suficientes para adotar um dos modelos causou insatisfação nas entidades de defesa do consumidor e de saúde pública. A agência quer a realização de pesquisas que meçam a reação da sociedade às diferentes propostas, intenção que recebeu elogios públicos da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia).
“A Anvisa não está apoiando nenhum modelo. Até o momento não existem evidências para a agência que demonstrem que um modelo é mais eficiente do que outro”, afirmou Thalita Antony Lima, da Gerência Geral de Alimentos.
Acima dela, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, tem defendido a adoção da rotulagem frontal. Abaixo do ministro, mas ainda acima de Thalita Lima, Michele Lessa, coordenadora de Alimentação e Nutrição do ministério, defende que os sinais frontais são uma das medidas mais baratas e eficazes de se adotar no combate à obesidade. No fim do seminário, ela afirmou enxergar mais “robustez” nas evidências apresentadas pela sociedade civil.
A indústria, de fato, passou quase à margem do debate científico durante o encontro. Segundo Lincoln Seragini, especialista em design de embalagens que representou a Abia, o consumidor deveria levar o produto para casa e só depois lê-lo, defendendo que ninguém vai tomar uma decisão importante em poucos segundos, na prateleira do supermercado. “Não pode ser antagônico. O mundo está cansado do ‘cada um defende o seu’. O radicalismo”, disse. “É conquistar os indivíduos pela empatia, e não pela dureza.”
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Há uma janela política de curto prazo que a Anvisa dá sinais de deixar passar. Barros deve deixar o ministério no primeiro semestre para se candidatar nas eleições de 2018. E é improvável que qualquer medida seja tomada na reta final de um governo debilitado e conhecido pela submissão geral ao empresariado.
Seragini apresentou durante o seminário um slide no qual colocava uma lupa sobre o modelo de rotulagem da indústria. Foi um prato cheio para Fábio Gomes, da Organização Pan-Americana de Saúde. O semáforo sobre calorias, sal, açúcar e gorduras saturadas, disse, leva a 81 combinações possíveis. Entre um produto com a cor vermelha sobre o açúcar e outro com a cor vermelha sobre o sódio, qual você levaria? E, com produtos com um mesmo número de cores vermelhas, você se decide entre calorias, sal, açúcar ou gordura? Você lerá todos durante a compra? Quanto tempo levará para percorrer todo o supermercado?
“A Abia utiliza uma lupa para poder identificar o semáforo nutricional. Justamente porque é difícil identificar. O consumidor precisaria ter uma lupa, além de uma calculadora”, ironizou Gomes. “Esse ícone precisa ser de fácil interpretação, de fácil uso. Se a gente tiver um sistema difícil de se entender, não vai ser efetivo.”
Gastón Ares, da Universidade da República do Uruguai, afirmou que o semáforo envia sinais contraditórios ao consumidor. Entre uma luz verde no sódio e uma luz vermelha no açúcar, é difícil saber qual deve prevalecer na escolha. Um refrigerante, por exemplo, poderia ter luz verde em gorduras e sódio, o que está longe de indicar que se trata de um bom produto. “Isso é importante quando pensamos no objetivo dessa política para o consumidor. Incluir esse tipo de informação contraditória não ajuda no cumprimento desse objetivo.”
Diante da alegação da Anvisa de que faltam evidências científicas, Gomes respondeu que desde a década de 1970 há pesquisas sobre os critérios de escolha dos consumidores, e desde os anos 1980 há estudos que mostram que a cor preta oferece o melhor contraste ao olho humano. “O semáforo, por ser colorido, seduz e gera impulso, como a própria indústria demonstrou. Se for essa a intenção, o semáforo é um bom sistema.”
Do outro lado, Mariângela Almeida afirmou que os sinais de alerta são um erro, pois induzem à redução do consumo de determinados produtos. Esse é exatamente o objetivo das entidades da sociedade civil: ao reduzir esse consumo, melhorar os índices de obesidade e diminuir o risco de doenças crônicas não transmissíveis associados a ela. Um parêntese: segundo o Ministério da Saúde, três em cada quatro mortes no Brasil são causadas por enfermidades associadas aos hábitos de vida.
“O preto afasta. A partir do momento em que eu afasto, não vou querer ter nenhuma informação. Qual o aprendizado que vou ter no longo prazo?”, perguntou a representante da CNI. O sobrepeso, disse, pode ser uma opção individual e a reformulação de produtos deixaria os consumidores irritados. “Levam a alimentação para o campo da doença. Você está mais informando que pode ficar doente com isso, pode ficar doente com aquilo, e não o contrário.”

Brasil é sétimo maior produtor mundial de ovos

A produção brasileira de ovos totalizou 39 bilhões de unidades em 2016, um recorde que colocou o Brasil como sétimo maior produtor mundial. Quase tudo é consumido dentro do país e contribui para o aquecimento do mercado interno. Apesar de ter registrado um aumento de quase 40% desde 2010, há potencial para o consumo per capita aumentar muito no país. Atualmente, os brasileiros comem 190 unidades por ano. A média mundial é de 230, mas bate 300 ovos por pessoa em vários países, como China, Dinamarca e México.
Em 2010, o brasileiro consumia 137 ovos por ano. Sete anos depois, o número saltou para 190, crescimento de 38,6%.“O consumo per capita do brasileiro é expressivo, mas o setor ainda tem muito espaço para crescer no país”, sentencia Ricardo Santin, vice-presidente de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e presidente do Instituto Ovos Brasil, entidade criada em 2007 com o objetivo de disseminar as propriedades nutricionais do ovo e promover o consumo do produto.
Embora as exportações dos ovos brasileiros representem menos de 1% da produção nacional, o produto está em todos os continentes, presente à mesa de consumidores de 22 países. Recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a abertura da África do Sul para o alimento brasileiro. A medida possibilitará os embarques de ovos in natura e processados para um mercado de 56 milhões de potenciais consumidores.
O Brasil também não importa ovo. O consumo interno do produto conseguiu sustentar as cotações do mercado, mesmo em tempos de crise ou quando o preço de insumos, como o milho, imprescindíveis para a produção, estiveram em alta. Segurança, qualidade e confiabilidade permeiam a cadeia produtiva do ovo brasileiro, garantindo, assim, segurança para os consumidores, em geral. “A exportação fraca significa um mercado interno forte e em crescimento, que está absorvendo a produção do país”, afirma Ricardo Santin.
Cabe ao Instituto Ovos Brasil incentivar o consumo de ovos. A ideia é qualificar o produto, baseado no valor nutricional do alimento, já que o mito de que o ovo deve ser consumido com moderação acabou retraindo o mercado interno. “Se uma pessoa comer 12 ovos por dia, o único risco que ela tem é de ganhar uma medalha olímpica. O consumo de ovo diariamente não faz mal algum”, explica Santin.
Há alguns anos, o alimento era considerado responsável pela elevação dos níveis de colesterol ruim. Agora, são novos tempos para o ovo, que assumiu status de alimento completo, o segundo melhor atrás apenas do leite materno, tais a quantidade e a qualidade de nutrientes presentes. “O ovo é riquíssimo em proteína de alto valor biológico, sendo responsável por todas as formações de células do corpo, mas não se deve comer somente a clara. A gema também ajuda na absorção de todas as substâncias”, diz o nutricionista esportivo Daniel Novais.
Excelência
As exportações brasileiras de ovos férteis e pintos de um dia estão em alta. O material genético avícola nacional é vendido para 25 países e movimentou cerca de US$ 107 milhões em 2016. O rígido controle sanitário nas granjas do país é um dos fatores primordiais para o aumento na demanda do mercado internacional pelo material produzido no Brasil. A excelência sanitária se traduz pela capacidade técnica e operacional do país em executar as recomendações da Organização de Saúde Animal no controle e na erradicação de doenças.
“O fato de o Brasil nunca ter apresentado nenhum caso de febre aviária é decisivo para a procura pelo nosso produto”, afirma Santin. O Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, oficializado em 2006, foi o responsável pela criação de barreiras de higiene, modernização de laboratórios e treinamento de pessoal. Com isso, compradores internacionais se deparam com instalações e equipamentos de laboratórios aptos a realizar a vigilância de doenças avícolas e a eficiência do serviço veterinário, além de mão de obra qualificada. As granjas passaram a investir, também, em tecnologia, visando garantir o bem-estar animal.
Genética
Com uma das granjas mais modernas do Brasil, a Bonasa, do Distrito Federal, trabalha na produção de ovos férteis e pintos de um dia. A produção mensal é de 19 milhões de unidades, aproximadamente, sendo que 50% são comercializados como ovos férteis para incubação. A outra metade é incubada para venda de pintinhos. Além de abastecer clientes de todo o Brasil, a empresa exporta para países como os Emirados Árabes Unidos, Senegal e Zimbábue. “Para 2018, nossa meta é aumentar as vendas nacionalmente e também incrementar as exportações, atingindo outros mercados em que não atuamos ainda, como a Arábia Saudita”, explica o gerente comercial, Thiago Rezende.
O processo de produção da empresa inclui uma estrutura com 28 fazendas, distribuídas em Goiás e no DF, gerando 880 empregos diretos, fora os indiretos. Para maximizar os resultados da produção, a Bonasa investe em genética, monitoria laboratorial, controle de qualidade de matéria-prima e em treinamentos e aperfeiçoamento técnico da equipe. Contribuem, também, para a alta produtividade da empresa do DF a eficiência dos processos, padronização de todos os procedimentos de manejo e o acompanhamento de indicadores de qualidade e produtividade, de acordo com as metas estabelecidas conforme o potencial genético da ave.


Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/brasil-e-setimo-maior-produtor-mundial-de-ovos/20171113-144114-A215
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14 novembro 2017

Um esportista deve ter um Nutricionista e um fisioterapeuta e um treinador educador Físico

O trabalho multiprofissional é essencial em determinadas áreas como, por exemplo, no acompanhamento e rendimento de atletas. 
Uma alimentação adequada não vai resolver se a pessoa faz atividade física imprópria ou alimentação que não está de acordo com os exercícios que ela pratica.
"O trabalho de profissionais como nutricionista, personal trainer e fisioterapeuta, interligados, acaba melhorando os resultados. As pessoas estão procurando melhorar a saúde, seja por meio do nutricionismo, da educação física ou em treinamentos e reabilitação da fisioterapia.
 "Nas habilitações conseguimos aumentar o conhecimento, além de poder atender em consultórios, trabalhar com equipes, como de futebol ou academias".

Treino supervisionado diminui risco de lesões

Quanto mais cedo os tenistas começarem os exercícios preventivos, melhor. “Qualquer atleta pode fazer o trabalho preventivo, não tem idade. Apesar da sobrecarga ser acumulativa durante o tempo de prática, é na categoria juvenil que os vícios e os erros de técnica começam, então no treinamento preventivo o fisioterapeuta, junto com o preparador físico e com o técnico, podem identificar o risco de lesão a partir de um gesto esportivo incorreto”, conta.
“No tênis sabemos que a epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, é uma lesão muito comum, que acontece muito mais por erro de técnica, do que por falta de preparo físico. É claro que os músculos do antebraço são muito solicitados no tênis e acabam tendo uma sobrecarga, mas um trabalho com base na biomecânica correta e com um gesto esportivo adequado, podem evitar esse problema”, explica.
O foco dos exercícios preventivos é trabalhar o atleta com um todo, com a especificidade do esporte. “Além do cotovelo, há incidência de dor lombar, lesão no ombro e no tornozelo. Na verdade, trabalhamos de forma global, utilizamos muito o treinamento de core, voltado para o abdômen, fazemos conscientização de forma estática e dinâmica, para que eles consigam contrair o abdômen durante todas as atividades esportivas, para ter mais estabilidade, e com isso, terão uma biomecânica melhor para os golpes. Assim como o treinamento de estabilizadores da escápula para ombro e o trabalho proprioceptivo e de mobilidade para prevenir a entorse no tornozelo”, disse.
Para a tenista Giovanna Paschoalin, o treinamento preventivo está ajudando muito. “O treino preventivo é muito importante. Já lesionei os dois cotovelos, então o trabalho com os fisioterapeutas está me ajudando bastante. Acredito que esse treino vem ajudando todo mundo na quadra, porque muitos tenistas acabam sofrendo com lesões, principalmente no cotovelo e no joelho. Estamos fazendo os treinos preventivos várias vezes durante a semana e estamos sentindo a melhora na quadra”, falou a paulista de 18 anos, que se prepara para embarcar para o tênis universitário norte-americano, em agosto.

13 novembro 2017

Fisioterapia trata disfunções pélvicas femininas

Atletas aumentam constantemente a pressão intra-abdominal, por exemplo: correr aumenta de três a quatro vezes o peso corporal, pular, de cinco a doze vezes, ou seja, o impacto é super alto, logo a necessidade de fortalecimento é maior. É importante que os exercícios e a avaliação sejam feitos por algum profissional especializado pois se trata de um lugar íntimo e complexo”, explica Laura, que ajudou a fundar o Setor de Ginecologia no Esporte da Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP.
Toda a base do tratamento fisioterapêutico está no fortalecimento desta estrutura, com exercícios para a normalização do tônus muscular. Os exercícios para a contração da musculatura do assoalho pélvico ajudam no fechamento uretral, porque aproximam e elevam a musculatura, estimulando a função da contração simultânea do diafragma pélvico. De acordo com estudos científicos, o tratamento para a hipertrofia dessa musculatura pode levar no mínimo três meses.
Para que o tratamento seja bem sucedido, o paciente precisa entender as orientações dadas pelo fisioterapeuta e também deve haver a conscientização da localização destes músculos.  “Os exercícios específicos para esta região devem ser feitos de maneira preventiva, mas normalmente as mulheres podem demorar até cinco anos para procurar ajuda após alguma perda urinária e estima-se que metade das mulheres que tem IU não falem”, finaliza a fisioterapeuta.
Fonte: https://vidasaudavel.gazetaesportiva.com/bem-estar/fisioterapia-trata-disfuncoes-pelvicas-femininas/

A farinata (ração humana) pode melhorar a alimentação em SP?

A Prefeitura de São Paulo lançou no início do mês de outubro o programa “Alimento Para Todos”. Dentro dele, apresentou o produto batizado de “Allimento”, com o intuito de ser distribuído para a população carente da cidade. Mas ele ficou conhecido como farinata ou ração humana – e foi o estopim para uma enorme polêmica.
Sua composição, até o momento desconhecida, está baseada no uso de alimentos próximos do vencimento ou fora do padrão de comercialização em supermercados. Eles serão doados à prefeitura por meio da Plataforma Sinergia.
De acordo com a prefeitura, essas comidas serão liofilizadas (submetidas a um processo de desidratação) e transformadas em um “alimento completo”, com proteínas, vitaminas e minerais. A mistura poderá ser oferecida em forma de biscoitos e também usada em pães, bolos e massas.
Apesar de o prefeito João Doria ter comparado o granulado à “comida de astronauta” e alegar que o seu sabor é semelhante ao biscoito de polvilho, o produto, apresentado em um pote com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, foi rapidamente apelidado de “ração humana”.
Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3) se manifestou contra a proposta por entender que a ação fere os princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e nega as políticas públicas de combate à fome e à desnutrição, bem como o Guia Alimentar para a População Brasileira. É um total desrespeito aos avanços obtidos nas últimas décadas no campo da Segurança Alimentar e Nutricional.

Contradições e receios por trás da farinata

Várias questões relevantes, sob o aspecto da alimentação e nutrição, são passíveis de análise. A Prefeitura de São Paulo, depois de alegar reduzir itens da merenda escolar para contra-atacar a obesidade, agora lança um programa que objetiva o combate à fome. Ela tira alimentos de verdade… e inclui a farinata.
E mais: de acordo com dados do Ministério da Saúde, não há prevalência de desnutrição em São Paulo. Essas contradições revelam uma incoerência nas políticas públicas adotadas.
O CRN-3 e o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo (COMUSAN) não foram consultados sobre a criação do programa Alimento Para Todos. Assim como o CRN-3, o COMUSAN se manifestou contra o projeto por não estar alinhado às diretrizes que visam facilitar o acesso de toda a população à comida de verdade.

Comida não é nutriente

A alimentação abrange aspectos nutricionais, culturais, étnicos, sociais, regionais, sensoriais, antropológicos, religiosos. Comer é um ato que diz muito do indivíduo. A comida conta uma história, proporciona lembranças, agrega sensações, caracteriza seu modo de vida…
Aí que está: a decisão de alimentar a população não deve ser vista de forma isolada, reducionista, como quem busca apenas nutrir. No longo prazo, não se deve combater a fome com qualquer espécie de ração.
A dignidade das pessoas deve ser garantida por meio do direito ao acesso à comida de verdade, no campo e na cidade. Isso foi preconizado na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo lema é “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.
Discutir o acesso ao alimento é fazer da segurança alimentar um direito de fato.
*Fabiana Poltronieri, CRN3-13008, nutricionista, doutora em Ciência dos Alimentos pela USP; Professora da Faculdade das Américas – FAM e Conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região.

11 novembro 2017

Conheça os 'selos saudáveis' colocados nos alimentos no Chile, e que o Brasil estuda adotar

País colocou selos claros e em destaque em todos os produtos que apresentam taxas altas de açúcar, sal, gordura saturada e calorias. Anvisa estuda se modelo chileno pode ser adotado no Brasil.



Selos são colocados em embalagens de produtos do Chile (Foto: Ministério da Saúde do Chile)Selos são colocados em embalagens de produtos do Chile (Foto: Ministério da Saúde do Chile)
Aação no Brasil (Foto: OPAS/Divulgação)

09 novembro 2017

Pão é Vilão?

Ele está por aí nas mais variadas formas. Francês, de queijo, integral, de sal, de forma, caseiro, italiano, mas o nosso pão de cada dia, que hoje está presente em qualquer horário da rotina do brasileiro e não só no café da manhã, vem ganhando ares de vilão de uns anos para cá.Por conta de ser rico em carboidrato e inimigo das dietas sem glutén, sempre o nosso querido pãozinho é o primeiro item riscado da lista de qualquer dieta, ganhando ares de vilonismo no mundo da alimentação, mas será que isso é verdade?

Em conversa com o OFuxico, o nutricionista esportivo formado nos Estados Unidos, Rubens Gomes, contou que o pão não pode ser considerado vilão, de forma alguma, para uma pessoa que pensa em uma alimentação saudável.“Ele não tem nada de vilão, a verdade é que nossa sociedade é vítima dos excessos e do desequilíbrio nutricional criado pela indústria alimentícia. Toda a base de fast foods e snacks industriais são baseados em carboidratos em sua formulação: Isso porque eles tem maior durabilidade na prateleira, são mais facilmente aceitos pelo consumidor por aderirem sabor extremos como o doce e o salgado, e, quando consumidos em excesso, geram dependência fisiológica fazendo com que seu corpo “peça” por carboidratos alterando seu centro da fome. Com isso, o organismo sempre preferirá carboidratos com índice glicêmico alto, que rapidamente fornecem açúcar à corrente sanguínea e que são os grandes responsáveis por fazer um indivíduo engordar”, disse.Crédito: Camila FigueiredoE Rubens ainda fez o alerta: “Transformar o pão em vilão é tapar o olho para o real problema atual, é o terrorismo nutricional! Nenhum alimento precisa ser execrado de uma dieta a não ser que a pessoa tenha alguma intolerância, alergia ou restrição severa por necessidade de dietoterapia. Hoje é frequente que profissionais tendenciosos a técnicas dietéticas extremistas e alicerçadas em experimentações práticas pessoais, construam um cenário desfavorável para determinados alimentos. No caso do glúten, presente no pão, grande parte dos profissionais ligados à prática da dieta cetogênica ou paleolítica o descrevessem como vilão, mas vale lembrar que não é cortando radicalmente que se resolve o problema do alto peso dos clientes”, acrescentou.Para aqueles que querem ter uma alimentação saudável e não querem entrar nesta onda de “pão vilão”, o nutricionista dá a dica. “O pão é bem aceito pela maioria das pessoas e na maioria das culturas do mundo, lembrado inclusive como a referência de alimento universal biblicamente! A relação de equilíbrio alimentar traz, dentre outros benefícios, a liberdade de se comer alimentos de qualidade na quantidade e momento certo. Nestes casos, o pão poderia ser uma opção prática e saborosa no cotidiano alimentar, além de fornecer carboidratos importantes para a geração de energia e consequente melhora da disposição e rendimento geral. Numa dieta onde o foco seja a saúde as melhores escolhas são os pães 100% integrais, e isso exige cuidado na hora da compra pois nem todos os pães comercializados são feitos a partir de 100% grãos integrais”, finalizou.Uma das pioneiras neste universo do mundo fitness, Bella Falconi, que é bacharel em nutrição, mestranda em nutrição aplicada e que conta com mais de 3 milhões de seguidores que acompanham sua rotina saudável, também falou com o OFuxico e fez coro a Rubens Gomes com relação ao fato do pão ter se tornado um vilão.Crédito: Reprodução/Instagram“O pão só pode ser um vilão, se ingerido de forma exagerada e se a receita não for funcional, com ingredientes integrais. Todo alimento que é processado, contém menos nutrientes e um maior índice glicêmico (que normalmente pode conter maior quantidade de açúcar e gorduras). Então, vale ressaltar mais uma vez que o pão ‘ideal’ é aquele feito sem esse processamento todo e com ingredientes nutritivos e integrais”.E para quem pensa que a musa do abdômen trincado não coloca o pão em sua alimentação, está bem enganado. “Não como pão todos os dias, principalmente se o pão for feito a partir da farinha branca. Mas como sim, geralmente dando preferência aos pães integrais caseiros, que levam poucos ingredientes e dispensam a farinha, como o pão de quinoa com aveia por exemplo”, revelou.Apesar de ter escolhido ter tirado o pão de sua dieta, até mesmo Gracyanne Barbosa, famosa por seus músculos que dividem opiniões entre seus quase 6 milhões de seguidores, fez elogios ao nosso pãozinho de cada dia.“Pão é algo que todos gostamos, né? Até mesmo pela praticidade e facilidade na hora de fazer um lanche por exemplo. Apesar de preferir carboidratos que venham de raízes, o pão é um alimento rico nessa base da nossa alimentação, é a primeira fonte de energia que o nosso corpo usa, sem contar que ainda nos fornece sais minerais, fibras e diversos tipos de vitaminas. Portanto, não pode ser considerado um vilão”, afirmou.E, para demonstrar que esse antagonismo que o pão ganhou de uns anos para cá, não é bem como parece, conversamos com Felipe Borio, sócio-proprietário da Padaria Altamura (@padariaaltamura), localizada em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo.Crédito: Camila Figueiredo“O pão se tornou vilão graças à industrialização, uso de produtos químicos, açúcares, gorduras e refinamento da farinha. Nós aqui da Padaria Altamura trabalhamos com pães de fermentação natural utilizando farinhas integrais e de centeio moídas na pedra sem adição de açúcares, conservantes ou produtos químicos. A longa fermentação empregada nos pães faz com que a própria levedura consuma a maior parte dos amidos e outros açúcares da massa, diminuindo o índice glicêmico e melhorando sua digestibilidade e saciedade”, disse.E Borio ainda nos informou que, mesmo com muita gente entrando no mundo fitness e riscando o pão de seu cardápio, não sentiu nenhuma queda nas vendas, muito pelo contrário. “Não sentimos nenhum tipo de queda, aliás, com a busca das pessoas por produtos diferenciados tivemos um crescimento nas vendas. Todos os nossos produtos são feitos com fermentação natural, utilizando uma parte de farinha integral, farinha de centeio, grãos ou oleaginosas, algo que acaba agradando as pessoas que buscam uma alimentação saudável, assim como essa galera do mundo fitness”, finalizou.Crédito: Camila FiguieiredoConfira a dica de receita do pão de quinoa dada por Bella Falconi:Receita de pão de quinoa:2 ovos inteiros2 colheres de sopa de água3 colheres de sopa de aveia em flocos2 colheres de sopa de quinoa crua1 colher de café de tempero a gosto ou sal marinho1 colher de sopa de fermento em póSaborear o pão com pasta de amêndoas sem açúcar ou geleia diet. Fica uma deliciaModo de preparo: Bata os ovos, acrescente a água e continue batendo e depois os outros ingredientes, um de cada vez, continue batendo e coloque no micro-ondas por 3 minutos.

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O país dos agrotóxicos

Há em hortaliças e frutas resíduos de ingredientes ativos altamente prejudiciais à saúde


O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Mais de dois terços dos alimentos produzidos no país estão contaminados por esses agentes, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2013. Ainda assim, são usados aqui diversos ingredientes ativos que já são proibidos em outras partes do mundo como EUA, União Europeia, China e Canadá.
A venda de agrotóxicos no país cresceu 288% (em dólares) entre 2000 e 2012, indicam os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agropecuária (Sindag) divulgados no “Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva”. A tendência é que o uso desses insumos continue crescendo, já que o processo de produção agrícola — baseado na monocultura, que concentra a aplicação de cerca de 80% dos venenos agrícolas — é cada vez mais dependente deles.
As consequências do uso de insumos químicos sobre o meio ambiente e a saúde da população brasileira são muito graves, e incluem ameaças como alta toxicidade, risco de câncer e de desenvolvimento de doenças neurológicas.
A lei que trata do uso de agrotóxicos no Brasil é a 7.802, de 1989. Apesar de proibir o registro de produtos com características cancerígenas, ainda há algumas lacunas nessa legislação que acabam permitindo que produtos extremamente nocivos à saúde humana e ao meio ambiente ainda sejam utilizados.
O Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), implementado anualmente pela Anvisa, tem constatado a presença em amostras de hortaliças e frutas de resíduos de ingredientes ativos altamente prejudiciais à saúde, inclusive alguns banidos em outros países.
O Decreto nº 4.074, de 2002, que regulamenta a lei, estabelece que os ministérios da Agricultura, da Saúde e do Meio Ambiente podem reavaliar o registro de agrotóxicos quando surgirem indícios da ocorrência de riscos que desaconselhem seu uso, mas esse processo tem-se revelado pouco eficiente.

Por isso, proponho um diálogo entre parlamentares, sociedade civil e a Anvisa para alcançar um acordo sobre a retirada desses princípios ativos presentes em agrotóxicos utilizados no Brasil e que já são proibidos no resto do mundo. Ao mesmo tempo, estabelecer um prazo para que saiam de circulação e viabilizar a autorização de seus substitutivos que tenham classes tóxicas inferiores. Um projeto de lei de minha autoria, 4412/12, tem o objetivo de banir 19 agrotóxicos e componentes que já não são mais tolerados em outros países e ainda são utilizados por aqui.
Defendo que, nestes casos, seja adotado o Princípio da Precaução, enunciado na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pais-dos-agrotoxicos-22046384#ixzz4xxWnR7TR 
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08 novembro 2017

Rótulos de produtos alimentícios confundem os consumidores, diz Idec

Anvisa está pensando em mudar as regras para apresentação dos ingredientes nas embalagens

Dados nutricionais como valor energético, quantidade de proteínas, de gorduras saturadas, de sódios e açúcares precisam obrigatoriamente estar impressos nas embalagens de alimentos industrializados. Essas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram criadas para garantir aos consumidores o acesso a informações sobre os produtos à venda no mercado brasileiro. Contudo, o tamanho das letras, os termos técnicos e a poluição visual dos pacotes dificultam o entendimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), apenas 25,1% da população é capaz de compreender totalmente o que dizem os rótulos.


"Por mais que as pessoas consigam ler e entender os números e a lista de ingredientes expressos na tabela, será que de fato os consumidores entendem o que estão comendo e as consequências daquele alimento para a saúde deles? Eles entendem que a maltodextrina é açúcar?", questiona a nutricionista Ana Maria Thomas, do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB).


A consequência dessa falta de clareza sobre o que é saudável, aliado à publicidade feita por indústrias alimentícias, tem desencadeado consumo excessivo de produtos ultraprocessados, como biscoitos, sorvetes e macarrões instantâneos. Esses alimentos contêm muito sódio, gordura e açúcar, os três principais elementos responsáveis por causar as chamadas doenças crônicas não transmissíveis: câncer, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, em 2013, 72,6% do total de mortes no Brasil foram em decorrência desses problemas.

"O excesso de sódio é uma das causas da hipertensão, o excesso de açúcar acaba levando à diabetes e a gordura causa a obesidade. Esses alimentos industrializados têm muito esses três elementos, que juntos aumentam o risco cardiovascular do paciente", explica a endocrinologista Helena Farhat.

De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade aumentou 60% em 10 anos, passando de 11,8% dos brasileiros em 2006, para 18,9%, em 2016. Ao mesmo tempo, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes cresceu 61,8%, e o número de pessoas hipertensas, 14,2%.

Novos padrões

Desde 2014, a Anvisa mantém um grupo de trabalho sobre rotulagem nutricional. Neste ano, a equipe apresentou opções para resolver os problemas que prejudicam a efetividade dos rótulos.

A maioria das propostas focou em modelos de rotulagem que utilizam cores e são localizadas no painel frontal dos alimentos. Algumas propostas contemplaram também modificações na tabela nutricional.

A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação defende a rotulagem frontal com base indicativa por porção, onde os ícones de sódio, açúcares totais e gordura saturada passam a ser coloridos em verde, amarelo e vermelho, modelo semelhante ao utilizado pelo Reino Unido.

Por outro lado, o Idec apoia o "selo de advertência frontal", modelo adaptado do Chile, nas cores preta e branca com os dizeres: "contém muito açúcar", "contém muito sódio" e "contém muita gordura". A nutricionista Ana Maria Thomas explica que as embalagens, normalmente, são muito coloridas para visualmente chamar a atenção dos consumidores. Então, um selo mais sóbrio destoaria dos pacotes embalagens e seria mais eficaz.

"Atualmente, não há estudos científicos publicados que comparem a efetividade dos modelos em questão na compreensão e na promoção de escolhas alimentares mais adequadas pela população brasileira. Adicionalmente, os estudos que comparam os modelos em questão realizados em outros países não podem ser extrapolados facilmente para a população brasileira, em decorrência das diferenças no nível educacional e no conhecimento sobre nutrição. Assim, existe incerteza sobre qual o modelo seria mais efetivo para nossa população", comenta a Anvisa em nota enviada à Agência Senado.

(com Agência Senado)