14 novembro 2017

Treino supervisionado diminui risco de lesões

Quanto mais cedo os tenistas começarem os exercícios preventivos, melhor. “Qualquer atleta pode fazer o trabalho preventivo, não tem idade. Apesar da sobrecarga ser acumulativa durante o tempo de prática, é na categoria juvenil que os vícios e os erros de técnica começam, então no treinamento preventivo o fisioterapeuta, junto com o preparador físico e com o técnico, podem identificar o risco de lesão a partir de um gesto esportivo incorreto”, conta.
“No tênis sabemos que a epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, é uma lesão muito comum, que acontece muito mais por erro de técnica, do que por falta de preparo físico. É claro que os músculos do antebraço são muito solicitados no tênis e acabam tendo uma sobrecarga, mas um trabalho com base na biomecânica correta e com um gesto esportivo adequado, podem evitar esse problema”, explica.
O foco dos exercícios preventivos é trabalhar o atleta com um todo, com a especificidade do esporte. “Além do cotovelo, há incidência de dor lombar, lesão no ombro e no tornozelo. Na verdade, trabalhamos de forma global, utilizamos muito o treinamento de core, voltado para o abdômen, fazemos conscientização de forma estática e dinâmica, para que eles consigam contrair o abdômen durante todas as atividades esportivas, para ter mais estabilidade, e com isso, terão uma biomecânica melhor para os golpes. Assim como o treinamento de estabilizadores da escápula para ombro e o trabalho proprioceptivo e de mobilidade para prevenir a entorse no tornozelo”, disse.
Para a tenista Giovanna Paschoalin, o treinamento preventivo está ajudando muito. “O treino preventivo é muito importante. Já lesionei os dois cotovelos, então o trabalho com os fisioterapeutas está me ajudando bastante. Acredito que esse treino vem ajudando todo mundo na quadra, porque muitos tenistas acabam sofrendo com lesões, principalmente no cotovelo e no joelho. Estamos fazendo os treinos preventivos várias vezes durante a semana e estamos sentindo a melhora na quadra”, falou a paulista de 18 anos, que se prepara para embarcar para o tênis universitário norte-americano, em agosto.

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