07 novembro 2017

Nova Rotulagem

Nova proposta de rotulagem de alimentos quer facilitar a compreensão dos consumidores

Indústrias alimentícias e de bebidas já entregaram o projeto à Anvisa

Orientação recorrente de nutricionistas e médicos, a leitura de rótulos dos alimentos nem sempre é uma
 tarefa fácil. Trazendo dados difíceis de compreender e variações nas indicações de quantidades nutricionais,
 muitas vezes os dados mais confundem do que auxiliam. Atentas à mudança nos hábitos alimentares de
 parte da população e à busca por mais informações sobre o que se consome, as indústrias alimentícias e de 
bebidas trabalham no desenvolvimento de um novo modelo de rotulagem. A proposta foi apresentada à
 imprensa em evento promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) em 
outubro.
Com base no que é feito lá fora e em revisões bibliográficas conduzidas pelo Núcleo de Estudos e 
Pesquisas em Alimentação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o setor entregou à 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o novo projeto, que visa atualizar o modelo atual,
 adotado há mais de 10 anos.

 Nossa rotulagem é antiga. Vejo pessoas buscando informações na internet, mas isso precisa estar no rótulo. 
E isso tem que ser claro e acessível — defendeu o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de 
Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), Alexandre Jobim. 
Na nova proposta, a ideia é trazer informações cruciais — e as mais procuradas — como calorias, sódio, 
gordura saturada e açúcares totais, para a parte frontal das embalagens. Além disso, esses dados vão seguir 
a linguagem universal das cores dos semáforos — verde, amarelo e vermelho — para indicar suas 
quantidades em uma porção (leia mais abaixo).
— Você só empodera o consumidor quando oferece informação. As cores na parte da frente do produto
ajudam na escolha — falou a diretora de Relações Institucionais da Abia, Daniella Cunha. 
Outra mudança preconizada pelas entidades diz respeito à tabela nutricional, que deve conter dados 
referentes a 100 gramas do produto, enquanto os dados por porção seriam opcionais. Na prática, isso
 facilitaria a comparação entre diferentes alimentos. Um exemplo foi apresentado pela nutricionista e 
membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE) Vanderlí Marchiori, que 
comparou uma porção de coco a uma de macarrão.
— Hoje, uma das modas é o coco: em óleo, in natura etc. Mas em 100 gramas da fruta, temos 406 calorias
 e 42 gramas de gorduras totais. Se ele estivesse rotulado, eu como consumidora desinformada não 
compraria. Mas isso faz dele um alimento ruim? Não. Já o macarrão, tem 371 calorias e 1,3 gramas de
 gorduras totais.  O mais importante é que em alguns momentos a pessoa vai precisar de mais carboidrato
 e, em outros, mais gordura. Portanto, quanto mais clara e concisa estiver a rotulagem, melhor vai ser para 
quem procura informação.
Esse projeto já foi encaminhado à Anvisa, que fará, no próximo dia 9, um painel técnico para debater a 
sugestão de mudanças. Também está planejada pela Abia a realização de uma ampla pesquisa Ibope em
 âmbito nacional para ouvir o que é melhor e o que funciona com os consumidores. Não há uma data 
definida para aprovação ou não da proposta.

Como ficará:

Reprodução
Etiqueta ficará na parte da frente das embalagens
Na parte frontal do produto, serão exibidas as informações
 mais procuradas pelos consumidores: valor energético, 
açúcares totais, gordura saturada e sódio. Essas três últimas
 informações estarão coloridas indicando que, ao consumir o
 produto, o indivíduo estará próximo ou não de atingir a
 recomendação diária de consumo de tal nutriente. 
Verde: indica que o consumo está longe da recomendação 
diária do nutriente 
Amarelo: sugere atenção, pois o alimento já contém níveis mais próximos do total diário recomendado 
Vermelho: significa que, ao consumir apenas esse produto, a pessoa já está próxima de atingir o total 
recomendado, logo, deve-se evitar tal nutriente em outros alimentos .
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2017/11/nova-proposta-de-rotulagem-de-alimentos-quer-facilitar-a-compreensao-dos-consumidores-cj9hgf0ud0a2j01o6qqpvad5c.html

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